Por ROBERTO MONTEIRO PINHO - Via Repórteres sem Fronteiras -
A
organização Repórteres sem Fronteiras (Reporters sans frontières), sigla RSF,
foi fundado em 1985 em Montpellier na França. É uma organização sem fins
lucrativos e possui o status de consultor junto à UNESCO.
“Liberdade
de expressão e de informação será sempre a liberdade mais importante do mundo.
Se os jornalistas não seriam livres para relatar os fatos, denunciar abusos e
alertar o público, como poderíamos resistir o problema das crianças-soldados,
defender os direitos das mulheres, ou preservar o nosso meio ambiente? Em
alguns países, os torturadores parem seus atos atrozes tão logo eles são
mencionados na mídia. Em outros, os políticos corruptos abandonam seus hábitos
ilegais quando jornalistas investigativos publicam detalhes comprometedores
sobre suas atividades.
Ainda em
outro lugar, massacres são impedidos quando a mídia internacional centra a sua
atenção e câmeras em eventos.
A
liberdade de informação é a base de qualquer democracia. No entanto, quase à
metade da população do mundo ainda é negada.”
As
atividades do Reporteres sem Fronteiras acontecem nos cinco continentes,
através de uma rede de 150 correspondentes, todos em estreita cooperação com
grupos locais e regionais de liberdade de imprensa, grupos de direitos humanos,
jornalistas, juristas e pesquisadores. Possui ainda 10 escritórios e secções
pelo globo.
Além
desta atividade ainda tem a missão de dar assistência moral e financeira a
jornalistas perseguidos e suas famílias e de ajudar materialmente a jornalistas
em zonas de guerra, para melhorar sua segurança. A cada ano divulga um índice
de liberdade de imprensa, abrangendo quase 180 países do mundo. A pontuação vai
de 0 a 100, sendo 0 a melhor e 100 a pior colocação.
Quais são os seis indicadores:
Pluralismos: mede a amplitude da representação de
opiniões na mídia.
Independência da mídia: mede a capacidade da mídia de funcionar independente das autoridades.
Independência da mídia: mede a capacidade da mídia de funcionar independente das autoridades.
Ambiente de trabalho e autocensura: analisa o ambiente de trabalho do/da
jornalista.
Quadro legislativo: avalia o conjunto das leis e mede sua eficiência.
Transparência: mede a transparência das instituições e os procedimentos que afetam a produção de notícias informação.
Transparência: mede a transparência das instituições e os procedimentos que afetam a produção de notícias informação.
Infraestrutura: mede a qualidade da infraestrutura de apoio para a produção de
notícias e informações.
Um indicador a parte, é da violência contra jornalistas (prisão, morte,
sequestro, ataques, saques der equipamentos...), também contado de 0 a 100.
O Índice de Liberdade de Imprensa 2013 (contando os
meses de dezembro 2011 a novembro 2012), mostrou uma queda para os Brasil. Como
em quase toda parte do mundo, países importantes, considerados modelos
regionais, caíram no índice. Brasil que estava no 99º lugar caiu 9 pontos para
a 108ª posição: principalmente devido ao assassinato de cinco jornalistas e dos
problemas persistentes que afetam o pluralismo da mídia. Na lista constam 179
países. Nas três primeiras posições encontramos Finlândia, Holanda e Noruega,
com pontuação um pouco acima de 6.
Para citar alguns outros países: a Alemanha tem posição 17, Portugal 28, EUA 32
(18,22 pontos), a França 37, Moçambique 73, Peru 105, Índia 140. Os últimos
três da lista são Turkmenistan, Corea do Norte e Eritréa.
É
realmente algo a assustar quantos países estão na nossa frente: países muito
mais pobres e em relação aos quais sempre se teve a dúvida em relação à
liberdade da imprensa. ( veja a lista completa mais em baixo).
No espaço
dedicado exclusivante à casos do Brasil, encontramos 14 páginas com muitas
notícias que mostram como a profissão de reporter, jornalistas, bloguista,
provedor de website pode ser mortal.
Vamos citar os casos na página 1. (Importante
destacar que os casos apontados, tem ligação direta com o exercício da profissão.)
- Inicia com a denúncia de brutalidades contra jornalistas durante a visita do
Papa e durantes as manifestações. Referente estas últimas diz: “Primavera do
Brazil”, críticas contra a mídia está o.k., mas não a violências contra
jornalistas.
- Absurdo é o caso do Jornalista José Cristian Góes que foi condenado a sete
meses e 16 dias prisão por ter escrito uma história curta, zombando sobre a
corrupção de políticos locais e ter colocado no seu blog. anônimo, sem citar
nome mesmo: “Eu, o coronel em mim - Mando e desmando. Faço e desfaço”:
http://www.infonet.com.br/josecristiangoes/ler.asp?id=128810 (vale a pena ler!)
- O próximo caso é do 11 de junho 2012: um Jornalista, José Roberto Ornelas de
Lemos é assassinado com 44 tiros perto do Rio e outros agredidos pela polícia
em São Paulo.
- Fotógrafo de jornal morto a tiros em Minas Gerais, é o próximo caso: Walgney
Assis Carvalho Carvalho foi morto somente um mês depois do assassinato de
Rodrigo Neto de Feria, que trabalhou no mesmo jornal, Vale do Aço.
- Rodrigo Neto de Faria, reporter criminal de duas mídias locais, Rádio
Vangarda AM e do jornal Vale do Aço, MG, foi morto em estilo de execução. As
suas reportagens foram peças para o Comité de Direitos Humans da Assembleia de
Minas Gerais sobre o envolvimento de policiais em atividades criminas.
- Mafaldo Bezerra Goes, locutor de uma rádio local foi morto a tiros em
Jaguaribe, Ceará, em 22 de fevereiro, de 61 anos de idade.
- O
jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira in Goiânia, foi morto
aparentemente por expor os desmandos na administração do Atlético Goiás
Football Club.
A conclusão
do RSF: Brasil é continua em 2013 ser o país mais mortal para jornalistas no
hemisfério Oeste.
FONTE: ONG Reporteres sem Fronteira - http://en.rsf.org/http://es.rsf.org/ (versão
em espanhol).
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